Nascido em pleno Dia da Criança, Sérgio Mallandro completa neste domingo (12) 69 anos. Revelado na TV por Silvio Santos (1930-2024) no começo dos anos 1980, foi no SBT onde se lançou como apresentador no lendário "O Povo na TV" ao lado de Roberto Jefferson, Wagner Montes (1954-2019) e Christina Rocha. Depois esteve na bancada do "Show de Calouros" e comandou o "Oradukapeta", seu primeiro programa infantil e onde surgiu a "Porta dos Desesperados".
Aliás, esses títulos poderiam ser usado na atração que Mallandro conduziu a partir de 1998 na TV Gazeta-SP, então parceria da CNT. A "Festa do Mallandro" foi um fenômeno de audiência e chegou a superar a Globo na medição da audiência em São Paulo no final da noite de sábado e começo da madrugada do domingo.
Paralelamente, pelo menos dois casos levantaram um debate sobre o limite na TV, especialmente sobre as famosas "pegadinhas" (ou câmeras escondidas), onde Mallandro era um dos protagonistas. E se você quer saber quais foram eles, o Purepeople te conta!
O primeiro deles ocorreu em julho de 1999, bem antes de Mallandro integrar o elenco de "A Fazenda" e ser protagonista de um filme, onde fez piada sobre a própria falência. No primeiro sábado daquele mês, um ator acabou preso em flagrante após simular uma briga com produtor do "Festa do Mallandro" assustando as integrantes do grupo Axé Blond, relatou o "Extra".
A situação piorou quando o ator efetuou disparos em pleno palco do programa, exibido ao vivo. Ele acabaria solto após pagamento de fiança (R$ 150). Na época, Mallandro se defendeu antes de cogitar extinguir as "pegadinhas" do seu programa: "O telefonema anônimo (à polícia) foi dado por algum concorrente. Foi tudo uma brincadeira, a plateia sabia e correu para dar veracidade à história. Está tudo gravado para comprovar".
Na época, foi divulgado que o ator que efetuou os disparos não tinha porte de arma e que o revólver em questão foi entregue já sem nenhuma bala. O que impediu se comprovar se as balas eram de festim.
Pouco mais de um ano depois, em agosto de 2000, no mesmo programa, a vítima de uma "pegadinha" foi Rafael Ilha, ex-líder do Polegar e que na ocasião enfrentava problemas com as drogas e hoje acumula uma série de opiniões polêmicas. Segundo a "Folha de S.Paulo", a "brincadeira" com o cantor aconteceu em um camarim da Gazeta durante um dos vários tratamentos pelos quais Rafael passou.
Um ator contratado pelo programa ofereceu "cocaína" ao ex-Polegar - na realidade, o pó branco era açúcar. "Exaltado, Rafael recusa a droga e, ofegante, parte para cima dele, aos socos e pontapés. A briga dura cerca de 15 minutos, com requintes de crueldade: com a chegada do apresentador Sérgio Mallandro, o rapaz inverte a situação e acusa Rafael de lhe ter convidado a "cheirar". Mais alguns minutos de tortura e Mallandro revela ao já abatido cantor que tudo não passou de uma... pegadinha!", relatou a publicação.
Naquele agosto de 2000, Mallandro alegou que a "brincadeira" era para mostrar ao Brasil que Rafael não tinha mais relação alguma com os entorpecentes.